Texto jornalístico
O texto jornalístico apresenta um encadeamento lógico de ideias e revela fatos com clareza e exatidão. Quem escreve esse tipo de texto é o jornalista, que deve usar um tom sóbrio, objetivo, interpretar fatos e estabelecer analogias. Lembre-se: um jornalista, um romancista ou outro autor não escreve de forma totalmente impessoal e imparcial. O texto sempre expressa uma opinião, um posicionamento.
Notícia
O principal objetivo da notícia é levar informação atual a um público específico. A notícia conta o que ocorreu, quando, onde, como e por quê. Para verificar se ela está bem elaborada, o emissor deve responder às perguntas:
O quê?(fato ou fatos)
Quando? (tempo)
Onde? (local)
Como? (de que forma)
Por quê? (causas)
A notícia apresenta três partes principais:
1. Manchete (ou título principal) – resume, com objetividade, o assunto da notícia. Essa frase curta e de impacto, em geral, aparece em letras grandes e destacadas.
2. Lide (ou lead) – complementa o título principal, fornecendo as principais informações da notícia. Como a manchete, sua função é despertar a atenção do leitor para o texto.
3. Corpo – contém o desenvolvimento mais amplo e detalhado os fatos.
A notícia usa uma linguagem formal, que segue a norma culta da língua. A ordem direta, a voz ativa, os verbos de ação e as frases curtas permitem fluir as ideias. É preferível a linguagem acessível e simples.
Os fatos, em geral, são apresentados de forma impessoal e escritos em 3ª pessoa, com o predomínio da função referencial, já que esse texto visa à informação.
A falta de tempo do leitor exige a seleção das informações mais relevantes, vocabulário mais preciso e termos específicos que o ajudem a compreender melhor os fatos. Em jornais ou revistas impressos ou on-line, e em programas de rádio ou televisão, a informação transmitida pela notícia precisa ser verídica, atual e despertar o interesse do leitor.
Reportagem
A reportagem é uma notícia ampliada. Enfoca um assunto ou fato de forma abrangente, apresentando mais detalhes. O texto é, geralmente, mais longo do que o da notícia, com diversas opiniões e versões do mesmo fato. A linguagem é formal, objetiva e direta.
O assunto da reportagem pode ser narrado de forma expositiva (narração simples e objetiva do fato), interpretativa (comentário sobre um fato central e sobre outros relacionados a ele) ou opinativa (opinião do repórter ou da empresa que ele representa, conduzindo a opinião do leitor).
A reportagem segue a estrutura básica da notícia: manchete, lide e corpo. Porém, é comum o uso de complementos, como gráficos, quadros informativos, tabelas, trechos de depoimentos e de entrevistas, fotografias com legendas e outros. Ao fazer uma reportagem, podem-se consultar diversas fontes, mas é importante citá-las.
A linguagem do texto jornalístico
Como o texto jornalístico atinge uma massa indistinta de leitores, sua linguagem deve ser acessível a todos; por isso recomenda-se clareza e simplicidade na escrita, porém nunca em prejuízo da correção gramatical.
Além dessas três qualidades, o texto jornalístico deve ser imparcial, objetivo e harmônico. Para conseguir-se esse resultado, deve-se usar:
a. linguagem simples, o mais próximo possível da linguagem coloquial;
b. ordem direta;
c. poucas palavras em cada oração para que se evitem os parágrafos longos;
d. verbos na voz ativa;
e. poucos adjetivos.
Texto exemplo:
Gás intoxica duas pessoas em Sorocaba
Sorocaba – O funcionário da Soroquímica Cláudio Airton de Lima, de 19 anos, e a vizinha da empresa Margarida Ballarini Salim, de 75, ficaram intoxicados ontem por vazamento de gás clorídrico. Funcionários misturaram por engano ácido clorídrico com hipoclorito de sódio.
Técnica de apresentação
Quanto à técnica de apresentação, qualquer texto jornalístico pode optar por: pirâmide invertida, forma literária ou sistema misto.
1. Pirâmide invertida:
Já no primeiro parágrafo do texto o leitor recebe as informações mais importantes; se quiser prosseguir a leitura, terá outras informações adicionais. A sequência de apresentação é: fatos culminantes ou entrada, fatos importantes ligados à entrada, pormenores interessantes, detalhes dispensáveis. Na maioria dos jornais diários esta é a técnica preferida.
2. Forma literária ou pirâmide normal:
Cria-se um suspense para preparar o leitor para o desfecho. É a técnica usada por Gil Gomes e pelos jornais sensacionalistas. A sequência de apresentação é: introdução, fatos em ordem crescente de importância (visando criar suspense), fatos culminantes, desenlace.
3. Sistema misto:
Sua sequência é a apresentação de fatos culminantes (como na pirâmide invertida) seguida da narração em ordem cronológica (como na forma literária).
A linguagem jornalística
O jornalismo tem por objetivo a apuração (captação), o processamento (codificação) e a transmissão de informações da atualidade para o grande público através de veículos de comunicação de massa: jornal, revista, rádio, televisão e cinema, daí suas várias formas:
1. jornalismo impresso (jornal/revista)
2. radiojornalismo
3. telejornalismo
4. cinejornalismo
Os gêneros são:
1. Jornalismo informativo:
Narração simples e objetiva do fato. Centrada nos fatos diários. A informação é direta, imparcial e impessoal, apoiando-se, portanto, na função referencial da linguagem. A notícia e algumas reportagens são específicas desse tipo de jornalismo.
2. Jornalismo interpretativo:
O acontecimento vem acompanhado da situação que o cerca, isto é, estabelece conexão com outros fatos ou problemas ligados ao fato. Este tipo de jornalismo permite ao leitor uma apreensão globalizante do fato. A maioria das reportagens é interpretativa.
3. Jornalismo opinativo:
Orienta ou dirige a opinião do leitor, interpretando o fato de maneira pessoal, são matérias que expressam um ponto de vista. São os editoriais, os artigos de fundo, as críticas e os comentários.
4. Jornalismo de entretenimento:
Matérias destinadas ao lazer do leitor. São as crônicas, as resenhas de livros, filmes, exposições, etc.
Charge
A charge faz parte do material de opinião, aquele em que o autor expressa seu ponto de vista sobre um assunto. É apresentada em jornais e revistas, em geral na página de editoriais, a página nobre.
A compreensão da crítica feita pelo chargista depende da cumplicidade entre autor e leitor. O leitor precisa de um conhecimento prévio do assunto abordado e conhecer as circunstâncias, as personagens e os fatos retratados. Assim, para interpretar uma charge, é preciso não se esquecer do contexto em que foi elaborada.
Uma boa charge mostra um assunto atual e busca ir direto ao interesse do público leitor. A mensagem contida é interpretativa e crítica, e pelo seu poder de síntese pode ter o peso de um editorial.
História em quadrinhos (HQ)
Enquanto a charge transmite sua mensagem, em geral, em uma única imagem, as histórias em quadrinhos (HQs) são uma arte seqüencial, desenhos em sequência que narram uma história. A charge costuma ter conteúdo humorístico. As histórias em quadrinhos podem ou não ter o humor como efeito de sentido.
Carta ao leitor
Na maioria dos jornais e revistas, há uma seção destinada a cartas ao leitor. Ela oferece um espaço para o leitor elogiar ou criticar uma matéria publicada, ou fazer sugestões. Os comentários podem referir-se às ideias de um texto, com as quais o leitor concorda ou não; à maneira como o assunto foi abordado; ou à qualidade do texto em si. É possível também fazer alusão a outras cartas de leitores, para concordar ou não com o ponto de vista expresso nelas.
A linguagem da carta costuma variar conforme o perfil dos leitores da publicação. Pode ser mais descontraída, se o público é jovem, ou ter um aspecto mais formal.
Crônica
Em jornais e revistas, há textos normalmente assinados por um escritor de ficção ou por uma pessoa especializada em determinada área (economia, gastronomia, negócios, entre outras) que escreve com periodicidade para uma seção (por exemplo, todos os domingos para o Caderno de Economia).
Esses textos, conhecidos como crônicas, são curtos e em geral predominantemente narrativos, podendo apresentar alguns trechos dissertativos.
Editorial
Jornais e revistas dispõem de uma seção em que se publicam os editoriais – textos nos quais se discute, sob o ponto de vista do meio de comunicação ou de seus editores, um fato atual relevante, nacional ou internacional. O assunto abordado pode apresentar caráter político, social, cultural ou econômico e tem,via de regra, grande repercussão perante o público.
O texto geralmente apresenta estes elementos:
1.Introdução, em que o assunto é identificado, ou seja, apresenta-se a ideia-núcleo.
2.Desenvolvimento, em que se analisa a questão por meio da apresentação de dados estatísticos, citações, exemplos, comparações, depoimentos.
3.Conclusão, em que o autor sugere soluções para o problema ou, fazendo uma síntese do que foi discutido, leva o leitor a refletir.
O texto editorial costuma ser curto, conciso e não é assinado, o que ressalta o fato de o ponto de vista ser da empresa.
No espaço reservado ao editorial, é possível haver uma charge, desenho que expressa com humor, uma opinião sobre determinado assunto. A charge pode ser considerada um editorial em forma de desenho.
Resenha crítica
A resenha crítica fornece dados informativos de uma produção (livro, filme, peça de teatro e outras obras artísticas, bem como produções científicas) e emite uma opinião a respeito dela, favorável ou não.
Além disso, o crítico pode fazer referências a outras obras, comparar, fazer citações, contra-argumentar, sempre com a intenção de justificar seu ponto de vista.
Caros amigos,
ResponderExcluirEste blog é um complemento do Sweet Elvis Fan Club. Nele foi posto o Jornal Sweet News. A necessidade inicial foi a concretização do Projeto Inter-Relação Leitura e Cidadania Através de Site. Projeto que, em sua 2ª fase, elaborou o conteúdo deste jornal. Quero agradecer muito a participação especial de Juliana, a mentora e administradora deste jornal virtual, sem a qual ele não teria se realizado. Todo o trabalho que ela faz é com muito carinho e responsabilidade. Deixo aqui a minha mensagem de agradecimento e elogia a esta pessoa muito especial. Minha grande amiga. Muito obrigado a todos. Sempre que possível, deixe-nos um comentário. Muita paz a todos!
Bartolomeu Pinheiro
Sou eu que tenho que agradecer!
ResponderExcluirPela sua confiança e admiração! Mas se não fosse com sua enorme paciência e ajuda, não estaria onde estou! Muito obrigada!
Bem Legal Tudo isso!
ResponderExcluirSenhor Bartolomeu Pinheiro, estás de Parabéns...
Bju De: Sua Aluna Lilian Nunes...
Obrigada Lilian pelo comentário, ficamos feliezes ao recebermos um elogio de uma jovem aluna!
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