No dia 10 de dezembro é comemorada a promulgação da Declaração Universal dos Direitos Humanos pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em 1948, portanto há exatos 62 anos. A Declaração surgiu por causa das crueldades cometidas pelos nazistas contra os judeus, as bombas atômicas e outros episódios e atitudes dos “seres humanos”. Mais recentemente, não poderíamos esquecer os ataques às Torres Gêmeas e ao Pentágono, ocorridos nos Estados Unidos, em 11 de setembro de 2001. A ameaça de terrorismo é real, está muito mais presente do que imaginamos. A violência ocorrida por traficantes nas favelas e arredores, no Rio de Janeiro, é uma boa prova disso. A sociedade fica acuada, desprotegida e à mercê dos traficantes. Em tempos de guerra e paz devemos estar atentos ao desrespeito aos direitos e liberdades básicos.
A Declaração afirma que “todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade”. Mas isso não se vê no mundo. E no Brasil é uma triste fotografia de abandono desses ideais. Na desigualdade social, na demagogia do poder público que concentra dois pesos e duas medidas, na carência de bom atendimento de serviços públicos gerais, na falta de vontade política, em todas as suas instâncias, na impunidade. Nos casos de discriminação racial, sexual, social e religiosa. Ainda há os que se aproveitam destes ideais para se camuflarem de “bom moço” e ficarem bem vistos. É apenas o começo de um elenco colossal de falso moralismo comemorativo neste dia.
Nossa sociedade está precisando de limites. Não basta leis para dar direitos. É preciso leis que assegurem o cumprimento delas. Mas para que isso ocorra, é preciso que os deveres sejam cumpridos. Deveres e direitos andam de mãos dadas. Quando não se tem limites, não se tem consciência.
Mas há uma luz no fim do túnel: educação. Neste campo de batalha na defesa da cidadania, que muito tem a ver, estão os professores. Estes são herois nesta guerra. Mas a sociedade não dá o devido valor, ao contrário, tira seus direitos e sua moral, e ainda cria leis para os desprotegerem. No dia em que estes profissionais forem reconhecidos e respeitados de verdade, começaremos a falar em cidadania e direitos humanos. O resto é utopia. Sem educação de verdade o Brasil continuará sempre a ser como é: uma carnavalização. Um brasil com letra minúscula.
Bartolomeu Pinheiro - Especialista em língua portuguesa.
Obrigada Valdecy pelo comentário! O Jornal Sweet News concorda com você! Precisamos sim divulgar cada vez mais a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
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