Embora o “prato principal” do almoço dos senadores petistas com o ex-presidente Lula tenha sido reforma política, o caso “Palocci” não passou em branco. Durante o encontro, Lula pediu que não seja colocada em dúvida a conduta do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci (PT), e disse que cabe a quem acusa provar que houve irregularidade na evolução patrimonial do ministro. O assunto teria surgido a partir de conversas sobre o tema “articulação”, que “não estava funcionando a contento”. Segundo uma fonte, faltava canal de diálogo. Após quase três horas de encontro - que ocorreu, ontem, a portas fechadas, na casa do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e da senadora Gleisi Hofmann (PR) - Lula deixou o local sem falar com a Imprensa.
A avaliação geral foi de que o discurso a ser adotado é o de que não há, até o momento, elementos para que haja perda de confiança em relação ao ministro da Casa Civil. “Não há nada que comprometa Palocci. Tudo é especulação, é ilação”, ressaltou o líder do PT no Senado, Humberto Costa, idealizador do encontro. “Ele foi instado pelo Ministério Público a dar explicações. Nossa expectativa é que ele responda a essas especulações”, completou o parlamentar. A Procuradoria-Geral da República, na última sexta-feira, deu prazo de 15 dias para que o petista responda aos questionamentos sobre o caso.
“Ele (Lula) defendeu o comportamento do Palocci, dizendo que ele deu uma contribuição muito significativa para o Brasil e para o PT. Que temos razões para confiar no procedimento dele e que é importante que estejamos unidos em defesa do Palocci”, disse Eduardo Suplicy (SP). O senador afirmou que Lula também ressaltou a importância de Palocci para o governo Dilma Rousseff. O ex-presidente tem atuado como bombeiro para segurar os descontentes.
Sobre reforma política, Lula externou sua opinião de que “não acredita que será uma reforma profunda”. Um dos pontos que o petista avalia como definido é o financiamento público, mas, segundo contou Humberto, “ele não crê que haverá grandes mudanças”. Dos 15 senadores da bancada, 13 participaram. Os ausentes foram Delcídio Amaral (MS) e Walter Pinheiro (BA).
Fonte: http://www.folhape.com.br/index.php/caderno-politica/639587-lula-defende-conduta-de-aliado
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