S.N . O que é um cordelista? É uma profissão?
L. E.:Cordelista ainda não é uma profissão, pois não foi regulamentada pelo Congresso, assim como a cantoria de viola. Porém, esperamos que seja em breve. Por enquanto, o cordelista é um profissional autônomo, um divulgador da cultura nordestina.
S.N . Na sua opinião, há alguma técnica ou fórmula mágica para desenvolver esse tipo de escrita?
L. E.:Não existe uma fórmula mágica, apenas a força da inspiração que cada ser possui, e a técnica de escrita que se adquire com o tempo.
S.N . Como você percebeu que tinha a facilidade em fazer cordéis?
L. E.:Quando criei o primeiro verso e meu pai aprovou, ainda na adolescência, pois cresci escutando versos. Daí, iniciei a missão de levar poesia ao mundo, como dizia meu pai.
S.N . No cordel há regras ou podemos escrever aleatoriamente?
L. E.:No cordel existem regras que devem ser seguidas, como rima e métrica. Dentro desta arte existem muitas particularidades. Quanto aos versos, podem ser sextilha (de seis versos), septilha (sete versos), décima (dez versos), e assim segue.
S.N . Você escreve há quanto tempo?
L. E.:Escrevo desde minha adolescência, porém comecei a editar meus trabalhos em 86. Daí, segui fazendo o que mais me realizava, a poesia, mesmo me sentindo um aprendiz.
S.N . Faz parte de alguma organização de escritores deste gênero?
L. E.:Sim. Faço parte da UNICORDEL, União dos Cordelistas de Pernambuco e da Associação Mangue Ferido.
S.N . Na sua opinião, quais são os nomes que mais se destacam em Pernambuco?
L. E.:José Honório, J.Borges, Marcelo Soares e Meca Moreno.
S.N . O cordel é necessariamente cômico?
L. E.:Não necessariamente. Pode abordar temas sérios, como as drogas e outros temas importantes.
S.N . Como está o mercado para os cordelistas, a valorização do trabalho?
L. E.:Está melhorando, porém tem muito o que conquistarmos. Precisa ser mais divulgado e apreciado pela nova geração. Espero que em breve seja regulamentado como profissão.
S.N . Qual a mensagem que você deixa para os jovens, que muitas vezes não se preocupam com a arte permanente, e se deixam levar pelos modismos?
L. E.: É preciso saber que a arte permanente é a riqueza de um povo, patrimônio que passa de geração em geração de modo espontâneo. Por este motivo devemos mantê-la viva e forte como nossa identidade.
Biografia
Um homem simples, natural da cidade de “Orobó”, sertão do estado de Pernambuco, onde seus pais nasceram e passaram sua infância. Começou a escrever poesias aos 15 anos de idade e desde 1989 dedica-se à Literatura de Cordel. Não um poeta renomado, mas um apaixonado pelas belezas nordestinas.
Atual residente da cidade do Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife, Pernambuco, aos 39 anos de idade importa-se em divulgar a Cultura Popular Nordestina, à qual tem apreço. Tem para si como MAIOR riqueza os três filhos a quem dedica seu amor e seu talento. É integrante da UNICORDEL (União dos Cordelistas de Pernambuco) e atua em projetos de desenvolvimento da literatura de Cordel nas escolas.
Seu grande objetivo é fazer com que cada vez mais pessoas conheçam a poesia e a riqueza plural de nossa cultura!
Saiba mais:
Show de Cultura Popular em
Escolas e Entidades
Luiz Esperantivo
Poeta e Cordelista
Fones: (81) 86509645/35221145
Emails: l. esperantivo@hotmail.com
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