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quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Entrevista: Ronaldo Vasconcelos - Hacker .

O termo hacker é empregado normalmente de forma errônea pela imprensa e até por profissionais da área de tecnologia. Diferente do cracker, cujo objetivo é a quebra de sistemas, os hackers são sujeitos dotados de elevado conhecimento e que dizem fazer bom uso da informática. Na semana passada, o mundo pode ver o que eles são capazes. Uma das maiores mobilizações hackers já registradas conseguiu derrubar, em poucas horas, os sites da Visa, MasterCard, PayPal e de um banco suíço. Tudo em prol do WikiLeaks.

A Folha de Pernambuco entrevistou o hacker Ronaldo Castro de Vasconcellos, graduado em Informática pela PUC-Campinas, e que atualmente vive em São Paulo.

O que é preciso para ser um hacker, além do alto nível de conhecimento em informática?

Há muito mito em torno da palavra hacker. Ela pode ser aplicada a qualquer ramo do conhecimento. Um mecânico que conheça bem motores, que explore novas maneiras de aumentar o desempenho e eficiência do motor, que domine “tuning”, pode ser considerado um hacker de mecânica de automóveis. Curiosidade, vontade de desafiar os atuais conceitos, de usar a tecnologia para facilitar a vida, trabalho em grupo, preocupação com privacidade e compartilhamento de conhecimento são algumas características de hackers.

Já ouviu falar no WikiLeaks? Tem acompanhado as últimas notícias envolvendo Julian Assange?
Qual a sua opinião sobre ele?

Sim, é basicamente um projeto de jornalismo investigativo que recebe colaborações de pessoas que tem acesso a informações privilegiadas sobre organizações e querem que elas sejam divulgadas. Sou favorável a Assange, é um novo nível de jornalismo investigativo que levará tempo até ser completamente compreendido pela Sociedade. O grande problema das últimas revelações do WikiLeaks está no nível de confidencialidade das informações divulgadas, nas organizações que foram desafiadas, no impacto sobre a segurança nacional e nas relações entre países.

O que acha dessa mobilização hacker em torno de Assange? Hacker pode se expor igual ao fundador do WikiLeaks?

Assange é um hacker que levou o seu modo de trabalho para o jornalismo investigativo. Os membros do WikiLeaks se comunicam usando criptografia, entre outros cuidados que não são vistos nem mesmo em empresas. Apoio a causa, mas acho que estamos diante de um novo paradigma de jornalismo. Da mesma forma que hackers que pesquisam vulnerabilidades em software, há o dilema entre divulgar as informações obtidas apenas para as partes interessadas ou divulgar abertamente para atrair mais atenção, causar mais impacto e provocar reações mais rápidas.

Há rede indestrutível?

Não. Há redes com mais camadas de segurança, há sites hospedados em provedores mais robustos e que reagem melhor a ataques, mas não há rede indestrutível. A facilidade de coordenar ataques envolvendo dezenas de milhares de atacantes - de maneira automática por máquinas infectadas (botnets) ou voluntariamente, como estamos vendo na mobilização da “Operation Payback” - aliado a links de Internet cada vez mais rápidos, alta capacidade de processamento e computação distribuída, não é fácil de se deter.

Fonte: http://www.folhape.com.br/

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