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quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

A origem do criador do WikiLeaks.

Aos 39 anos, Assange é o novo maior inimigo dos EUA
Geison Macedo - geison@folhape.com.br


Discreto, Assange sempre evita deixar rastros por onde passa. Utiliza nomes falsos em hoteis, muda constantemente o número do telefone e nunca usa cartões de crédito. Parte dos ensinamentos que aprendeu vem da sua “filosofia” hacker de não modificar informações ao invadir, a fim de eliminar pistas e possíveis evidências da sua identidade. A doutrina, publicada no livro “Underground”, em 1997, e que se tornou um best-seller entre internautas, aponta outros dois pilares: compartilhar os dados apurados e não prejudicar sistemas de informática. A atividade de hacker, inclusive, é motivo de orgulho para Julian, já declarado em entrevistas. Apesar da vida sigilosa e os dogmas hackers que segue, o fundador do WikiLeaks passou a figurar na lista dos mais procurados da Interpol.
Antes de se tornar jornalista e editor-chefe do Wikileaks, Julian Assange estudou matemática e física na Universidade de Melbourne. Os primeiros passos do garoto australiano no mundo dos algoritmos e linhas de programação, porém, foram dados em 1987, aos 16 anos, quando começou a hackear sob codinome “Mendax” - o enganador, em latim. Juntamente com outros dois amigos, criou o grupo hacker “Subversivos Internacionais”. Seu grande “feito” aconteceu quatro anos mais tarde, quando admitiu ter invadido os sistemas da Universidade Nacional da Austrália, a empresa de telecomunicações Nortel e o Instituto de Tecnologia Royal Melbourne (RMIT). Mesmo sendo acusado de 20 delitos, Assange foi condenado apenas ao pagamento de uma multa de 2,1 mil dólares australianos. A justiça australiana, porém, impôs a condição que ele não poderia cometer outros crimes.
Em 2006, o grande trunfo de Julian Assange. Cansado dos estudos em matemática e física, o australiano, de infância tumultuada, largou as pesquisas em exatas para criar o site WikiLeaks, cujo objetivo é publicar informações filtradas de “governos opressores”, além de vigiar condutas antiéticas de países do Ocidente. Ficou conhecido após a divulgação de milhares de documentos sobre a Guerra do Afeganistão e Iraque e, recentemente, 250 mil correspondências diplomáticas. Parte dos vazamentos é de responsabilidade de um analista de inteligência do Exército norte-americano, que já está preso. Mas, como Assange obteve os outros milhares de documentos, onde constam segredos de empresas que despejavam lixo tóxico na África e de um dono de banco que escondia dinheiro em paraísos fiscais, por exemplo? A formação hacker de Julian e das pessoas que o cerca são pontos cruciais na história que ajudam a entender a origem dos dados. Uma imensa parcela das informações foi e pode continuar sendo obtida por meios eletrônicos.
SegurançaO WikiLeaks não foi desenvolvido com ferramentas básicas de construção de uma página web. Já prevendo a intensa perseguição, o site de Julian é baseado em pacotes de softwares de segurança para a troca de mensagens, entre eles o Tor e PGP. A primeira ferramenta, inclusive, é recomendada pelo WikiLeaks para preservar a privacidade dos seus usuários e garante que a informação postada não seja rastreável. A conexão à internet é feita de forma anônima, utilizando o endereço IP de outras máquinas. Já o PGP utiliza um sistema de criptografia forte e robusta para proteger a privacidade do e-mail e dos dados. Além disso, o conteúdo do site está armazenado em mais de 20 servidores espalhados pelo mundo.

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