Estudo diz que celular faz mais mal à saúde do que cigarro
Médico divulga pesquisa alertando para o perigo da exposição à radiação desses aparelhos e sugere redução do uso do aparelho.
Celulares podem matar mais do que o cigarro, revelou estudo do especialista em câncer Vini Khurana, de acordo com matéria publicada no jornal The Independent. Segundo o médico, as pessoas devem evitar o uso desses aparelhos assim como o governo e a indústria de celulares deviam tomar providências imediatas para reduzir a exposição à radiação.
Isso reforça evidências de que o uso de handsets por dez anos ou mais pode dobrar o risco de câncer cerebral.
Essas doenças levam cerca de dez anos para se desenvolverem, invalidando afirmações oficiais de seguradoras que se basearam em estudos recentes que incluíram muito poucas pessoas que usaram celular por esse período.
No início deste ano, o governo francês alertou sobre o uso de celulares especialmente por crianças. A Alemanha também sugeriu que a população diminuísse o uso do aparelho e a Agência Ambiental da Europa pediu que a exposição fosse reduzida.
Khurana, um neurocirurgião que já recebeu 14 prêmios e publicou mais de 36 estudos analisou cerca de 100 estudos sobre o uso de celulares. Ele colocou o resultado da sua pesquisa em um site sobre cirurgia cerebral, e a pesquisa está sendo examinada por um jornal científico.
O médico admite que celulares podem salvar vidas em situações de emergência, mas conclui que “existem fatos mostrando que o uso de telefones móveis está relacionado a tumores cerebrais”. Ele acredita que na próxima década isso já estará provado.
Por tumores malignos no cérebro representarem um “diagnóstico terminal”, ele acrescenta: “a menos que a indústria e os governos tomem providências urgentemente, observaremos nos próximos dez anos um aumento de incidências de tumores cerebrais e de taxas de morte relacionadas a isso”.
“É certo que essa é uma ameaça com maiores ramificações do que o fumo”, disse Khurana. Ele afirma que seu estudo leva em conta o fato de três bilhões de pessoas usarem celulares, número três vezes mais do que a população mundial de fumantes.
Na semana passada, a Associação de Operadoras Móveis rebateu o estudo de Khurana, argumentando que essa era “uma discussão pontual de literatura científica feita por só um indivíduo”, que ele não apresentou uma análise equilibrada e que há mais de 30 outros estudos de especialistas afirmando o contrário.
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