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quarta-feira, 1 de junho de 2011

O nome dela é Adele.


Conheça a cantora que desbancou Lady Gaga, está no topo das paradas mundiais e resgata nosso afeto pela dor-de-cotovelo.

Você já deve ter ouvido uma música dela no rádio. Se não, ainda vai ouvir. Gordinha, loira, de voz grave e autora de versos viscerais sobre amor, a cantora e compositora britânica Adele é dessas em que é impossível se passar incólume, mesmo que demore um tempo para absorver seu tipo de música. Adele é vozeirão, sem efeitos, mas delicada e com nuances. E talvez por isso ainda não arrebatou o Brasil. Repito: ainda.

Enquanto por aqui a intérprete inglesa, que lançou em janeiro deste ano o mega-requisitado-comentado álbum “21”, figura “apenas” na lista do quarto disco mais vendido - perdendo para Luan Santana, Paula Fernandes e Britney Spears, de acordo com o site Hot 100 Brasil - nos Estados Unidos e no Reino Unido, a coisa é bem diferente. Ela é considerada a nova diva (correndo o risco de usar um termo já desgastado) das FMs.

Falar em números pode soar impessoal, mas eles medem, em parte, o hype (medo desse termo) em torno de Adele na música comercial, o que inclui recordes impressionantes em relação às vendas (isso na crise do mercado fonográfico analógico) e inserções no topo das paradas. Na Inglaterra, sua terra natal, ela é a “heartbreak queen” (“rainha de quebrar corações”, em tradução livre), segundo o jornal The Globe and Mail: recentemente ficou 11 semanas consecutivas em primeiro lugar no chart britânico com seu álbum "21" (só perdeu a coroa uma vez para "Wasting Light", do Foo Fighters), mas já voltou a reinar.

Nos Estados Unidos, mercado geralmente difícil para músicos não-americanos, Adele “samba”. Faz duas semanas que o primeiro single de “21”, “Rolling in The Deep”, é primeiro lugar disparado na Billboard, a “bíblia” da música naquele país. É lá também que a nova sensação pop teve a fama amplificada: todos os canais de TV, jornais e sites só falam na música dela. O marketing espontâneo tem feito Adele deitar e rolar: até a terceira semana de maio, o CD “21” já tinha vendido 1,7 milhão de cópias só nos EUA (no mundo, são 5,3 milhões de unidades). É também o CD mais baixado do site Amazon.
O sucesso instantâneo de “21”, primeiro lugar em 14 países atualmente, traz outro impacto: o dos recordes. Nesse quesito, a artista vencedora de dois Grammy em 2009, coleciona alguns: 1) ultrapassou os Beatles como única artista a ter duas músicas e dois álbuns (o atual e o primeiro de sua carreira, “19”) no top 5 das paradas britânicas; 2) o disco atual é o que ficou mais tempo nas paradas britânicas, superando as dez semanas consecutivas de “The Immaculation Collection”, de Madonna (1990); 3) é também o álbum digital mais vendido no Reino Unido (mais de 250 mil cópias somente nesse formato), acima de "The Fame", de Lady Gaga.

Cogita-se que, em virtude das vendas, Adele tenha uma fortuna de seis milhões de libras (aproximadamente R$ 15,6 milhões). Trata-se da nona jovem musicista do Reino Unido mais bem paga hoje. A julgar que ela só tem 23 anos, é só esperar que o tempo diga mais sobre ela - ou no Brasil, uma trilha de novela das oito “bombe” mais sua música. Ingredientes para isso tem: assim como a Bossa Nova carioca, Adele confere ao blues e ao soul uma vestimenta mais moderna, pop porém refinada, com a diferença de alguns flertes com o folk-country (o hit “Rolling in The Deep” tem essa marca muito forte, de backing vocals de western).

Com (auto)referências a divas do soul americano, entre elas Etta James e Nina Simone, além da melancolia de Jeff Buckley, Adele é hoje a queridinha de estrelas do pop atual - de Beyoncé, que a chamou de “voz de Deus”, à rapper Nicky Minaj. Quando despontou, em 2008, seu álbum "19" foi muito bem recebido pela crítica, mas sua repercussão foi apagada por cantoras como Duffy, Amy Winehouse e Estelle, que também concorriam na nova onda do soul.
E imaginar que tamanho reconhecimento é fruto de uma catarse amorosa de Adele. Sim, “21”, fortíssimo candidato a melhor álbum de 2011, nada mais é que um álbum dor-de-cotovelo real em que Adele se expõe dilacerada pelo fato de o ex-namorado a ter largado por outra. É um disco que patina pela insegurança e fragilidade de se amar alguém que não devolve o sentimento na mesma proporção. E aí as emoções são à flor da pele: da raiva na belíssima “Set Fire To The Rain”, passando pela sublimação de “Lovesong”, cover do The Cure, à resignação em “Someone Like You” (“Esquece, eu vou encontrar alguém igual a você”). Ouvir Adele é ficar triste, mas é também viver mais um pouco.

Fonte: http://www.folhape.com.br/index.php/caderno-revista/640101-o-nome-dela-e-adele

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