BRASÍLIA (AE) - O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou, ontem, que merece “um olhar mais cuidadoso” a acusação de que o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci (PT), teria multiplicado seu patrimônio nos últimos anos. Gurgel adiantou que pediria para o ministro mais informações sobre o caso, mas, diante da informação de que partidos de oposição acionariam o Ministério Público, disse ter decidido aguardar. “Estava me preparando para pedir informações para o próprio ministro e para a Comissão de Ética Pública, quando fui informado. Decidi aguardar para ver os elementos que serão apresentados a mim”, afirmou, no intervalo da sessão do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). “Qualquer fato que envolva autoridades públicas merece um olhar mais cuidadoso. É preciso reunir informações para formar juízo “, acrescentou.
Com base nessas informações, Gurgel pode pedir a abertura de uma investigação no STF, já que Palocci tem foro privilegiado, ou simplesmente arquivar o assunto caso não encontre indícios de irregularidades. Para evitar a convocação do ministro-chefe da Casa Civil, os líderes governistas montaram uma operação de guerra na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara. A estratégia é derrubar, hoje, o requerimento da oposição para que Palocci se explique.
MARTA
A primeira-vice-presidente do Senado, Marta Suplicy (PT-SP), saiu novamente em defesa de Palocci, e citou os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Lula como exemplos de enriquecimento após deixar o poder. “Vamos ver então quanto o Fernando Henrique aumentou seu patrimônio com palestras e quanto o presidente Lula ganhou. Essa questão das pessoas aumentarem seu patrimônio não é excepcional”, disse.
Fonte: http://www.folhape.com.br/index.php/caderno-politica/638160?task=view
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